Tumulto no Hospital de Exu expõe abandono da segurança: enfermeira e motoristas agredidos após negativa de ambulância

Na madrugada desta terça-feira, 24 de junho, um episódio de violência no Hospital Municipal de Exu, José Pinto Saraiva, escancarou o descaso do governo municipal com a segurança dos servidores da saúde. Por volta das 3h23, a equipe da GT-7311 foi acionada para conter um tumulto na unidade hospitalar, localizada na Rodovia Asa Branca. Ao chegar ao local, os policiais encontraram a enfermeira Bárbara e o motorista da ambulância Cícero relatando terem sido agredidos física e verbalmente por uma mulher identificada como Mikaelly.

Segundo as vítimas, a agressora teria se exaltado após ter um pedido de ambulância negado, iniciando uma discussão que culminou em agressões. A própria Mikaelly admitiu que, após uma suposta tentativa de ser contida, desferiu um tapa no motorista. A ocorrência foi registrada e encaminhada à 202ª Delegacia de Polícia Civil, onde foi confeccionado um Termo Circunstanciado de Ocorrência (TCO) conforme o BOEPM: M22025062403540223.

O episódio levanta questionamentos sérios sobre a falta de segurança no único hospital municipal da cidade. Enquanto profissionais da saúde enfrentam jornadas exaustivas e situações de risco, não há nenhum tipo de proteção adequada fornecida pelo poder público. A ausência de segurança no local é alarmante, especialmente em um ambiente que deveria prezar pelo cuidado e bem-estar de pacientes e trabalhadores.

O contraste é ainda mais revoltante quando se analisa o inchaço da máquina pública de Exu. A cidade, que carece de investimentos básicos em saúde e segurança, mantém impressionantes 17 secretários nomeados, muitos dos quais sem função efetiva percebida pela população. Os recursos destinados aos salários desses cargos comissionados poderiam, com facilidade, ser redirecionados para contratar equipes de vigilância ou segurança patrimonial 24 horas no hospital.

O prefeito Junior Pinto, responsável pela atual configuração administrativa, tem sido alvo de críticas constantes por priorizar acordos políticos e cargos comissionados em detrimento de serviços essenciais. O episódio desta terça-feira é apenas mais um reflexo do abandono que atinge a saúde pública municipal. Enquanto sobram secretarias, falta o mínimo de estrutura para proteger aqueles que salvam vidas.

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