A Prefeitura de Parnamirim, no Sertão Central de Pernambuco, está novamente no centro de denúncias relacionadas à atuação da Secretaria Municipal de Infraestrutura. Moradores e comerciantes alegam que fiscalizações estão sendo conduzidas de forma seletiva, com alvos preferenciais entre aqueles que têm posicionamentos políticos contrários à atual gestão.
Um dos episódios que mais gerou repercussão envolve a retirada de um comerciante que atuava há anos em uma praça pública da cidade. A Secretaria de Infraestrutura alegou que o uso de espaços públicos para fins comerciais é proibido. No entanto, segundo testemunhos, o comerciante nunca havia sofrido qualquer notificação anterior e era bem aceito pela comunidade local.
A situação gerou questionamentos, já que outros comerciantes seguem atuando em áreas públicas, como calçadas e passagens de pedestres, sem sofrer qualquer tipo de ação. Moradores denunciam que esses estabelecimentos estariam ligados a apoiadores da gestão do prefeito Múcio e do vice-prefeito Nivaldo, o que reforça as suspeitas de tratamento desigual.
Essa não seria a primeira vez que medidas da Secretaria de Infraestrutura levantam suspeitas. Desde o início do atual mandato, comerciantes que operavam em quiosques das praças de alimentação também foram retirados, em sua maioria, segundo relatos, por suposto vínculo com a oposição. Enquanto isso, pontos mantidos por aliados políticos teriam permanecido intocados.
Além das remoções, também há denúncias sobre retaliações a servidores concursados e exclusão de artistas e grupos culturais de eventos organizados pela prefeitura, supostamente por razões políticas.
A tensão aumentou após a circulação, nas redes sociais e aplicativos de mensagens, de uma suposta mensagem enviada pelo secretário de Infraestrutura. No conteúdo, o próprio secretário afirma que a remoção de um comerciante teria ocorrido por “trabalhar contra o governo”, mencionando ainda possíveis retaliações a quem não demonstrar alinhamento com a gestão.