A Polícia Federal indiciou nesta quarta-feira (20) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por suspeita de tentar obstruir uma ação penal relacionada à chamada trama golpista. O relatório final já foi encaminhado ao Supremo Tribunal Federal (STF), que decidirá os próximos passos.

Segundo as investigações, ambos teriam praticado coação no curso do processo e tentado abolir violentamente o Estado Democrático de Direito. O documento aponta que Eduardo Bolsonaro, atualmente nos Estados Unidos, teria buscado apoio de autoridades americanas para pressionar por sanções contra integrantes do STF e do Congresso, em defesa de aliados investigados. Essa etapa faz parte da operação Contragolpe, iniciada em 2024, que já atingiu militares e outros apoiadores do ex-presidente.

A defesa de Jair Bolsonaro afirma que não houve qualquer intenção de romper a ordem democrática e classifica as acusações como frágeis, baseadas em delações questionáveis. Juristas destacam que o indiciamento não significa condenação; o caso ainda será analisado pelo STF e pela Procuradoria-Geral da República, que decidirão sobre uma possível denúncia formal.