Briga na Festa de Julho em Parnamirim envolve familiares do prefeito e gera revolta na população

A tradicional Festa de Julho de Parnamirim, no Sertão Central de Pernambuco, antes símbolo de fé, cultura e orgulho local, terminaram este ano com um saldo amargo de frustração e constrangimento público. O que deveria ser um momento de celebração popular se transformou em palco de uma briga generalizada envolvendo membros da alta cúpula da gestão municipal — todos com laços familiares com o prefeito Múcio Angelim.

O episódio lamentável ocorreu durante uma das últimas noites do evento, que já vinha sendo criticado pela baixa adesão do público e prejuízo dos comerciantes. Entre os envolvidos na confusão estão o Secretário de Saúde, Iago Angelim (filho do prefeito); o Secretário de Administração, Lucrécio Angelim (irmão do prefeito); o Secretário de Governo, Márcio Barros; o vereador Regi de Dudé; Estênio Angelim (sobrinho do prefeito e filho da secretária de Educação, Taíta); Guilherme (policial militar do Estado do Pará, filho de Lucrécio); e Vinícius Angelim (também sobrinho do prefeito). As imagens da briga circularam rapidamente pelas redes sociais, gerando indignação generalizada.

O fato de praticamente todos os envolvidos pertencerem ao núcleo familiar do prefeito acendeu um alerta entre os moradores, que passaram a questionar a estrutura da gestão municipal, com excesso de concentração de cargos estratégicos nas mãos de parentes, levantando dúvidas sobre o comprometimento com a ética administrativa e o interesse público.

A ausência de medidas imediatas por parte do prefeito após a confusão também vem sendo alvo de críticas. Muitos se perguntam se Múcio Angelim sabia da participação dos seus familiares ou, pior, se teria sido conivente com o ocorrido. Para a população, não basta apenas lamentar o ocorrido — é preciso que haja responsabilização.

A “mudança” prometida em campanha eleitoral dá agora lugar a um sentimento de decepção. A Festa de Julho, que deveria unir a cidade em torno de suas raízes culturais, tornou-se símbolo de desorganização, violência e favorecimento familiar — colocando em xeque não apenas o evento, mas a credibilidade da atual gestão.

Briga entre vizinhos termina em morte no bairro Cavalete II em Araripina

Uma briga entre vizinhos terminou em morte na quinta-feira (28), na Rua 01, no bairro Cavalete II, em Araripina-PE, no Sertão do Araripe. De acordo com a 9ª Companhia Independente de Polícia Militar (9ª CIPM), a confusão foi motivada por causa de uma vaga em estacionamento.

Segundo a PM, o motorista de um caminhão-pipa, identificado como Osvaldo, subia a rua, quando se deparou com uma motocicleta estacionada em frente a uma residência, impedindo a passagem. O motorista começou a buzinar e se exaltar para que houvesse a retirada da moto. Quando o dono do veículo fazia a retirada, o motorista desceu do caminhão e desferiu um tapa em seu tórax e ambos entraram em luta corporal. O motociclista, identificado como Vagno Gomes, ficou ferido com alguns arranhões.

Depois desse conflito, o motorista estacionou o caminhão-pipa no final da rua e voltou com um pedaço de madeira, desferindo golpes na motocicleta. A mãe do motociclista, identificada pela PM como Volusia, tentou intervir e foi agredida com tapas e golpes de capacete na região da cabeça.

Ao escutar os gritos da mãe e acabar com as agressões, de acordo com a PM, Vagno atingiu a cabeça do caminhoneiro com uma barra de ferro. O homem caiu na calçada sangrando. O motorista do caminhão-pipa foi levado para UPA de Araripina, onde morreu.

Ainda de acordo com a PM, após atingir Osvaldo, Vagno jogou a barra de ferro dentro do Açude do Governo, que também fica no Bairro Cavalete 2.

Os envolvidos no crime foram conduzidos à Delegacia Polícia Civil de Araripina para adoção das medidas legais.