Vereadores do PSDB de Ouricuri falaram pela primeira após pedido de cassação da chapa e reafirmam posição de oposição em Ouricuri

Imagem: Kelves Kortês

Na manhã desta segunda-feira (18), os vereadores Iran Severo, Delvanaia Sobral e Adelucia Cléa, todos eleitos pelo PSDB, concederam coletiva de imprensa para falar pela primeira vez sobre o pedido de cassação da chapa tucana, acusado de suposta fraude na cota de gênero nas eleições de 2024. A Justiça Eleitoral de Ouricuri, no entanto, julgou improcedente a denúncia, garantindo a manutenção dos mandatos conquistados.

O pedido de cassação partiu dos suplentes Antonio do Mudo (Republicanos) e Remesson Silva (PT), aliados do prefeito eleito Victor Coelho (Republicanos). Durante a coletiva, o vereador Iran Severo afirmou que a ação foi incentivada por um advogado ligado ao grupo governista. Questionado sobre a identidade do profissional, ele preferiu não revelar nomes, alegando não ter provas concretas.

Emocionada, a vereadora Delvanaia Sobral declarou que não perdoa o gesto dos suplentes, lembrando que a ação foi protocolada justamente no dia em que velava sua irmã. “Tentaram tomar aquilo que conquistamos nas urnas, em um momento de dor para mim e minha família”, desabafou.

Já a vereadora Adelucia Cléa reforçou que o PSDB hoje é a principal voz da oposição na Câmara, contando com cinco parlamentares. Segundo ela, o episódio foi uma tentativa de silenciar o grupo. “Somos o partido que mais elegeu mulheres e também as mais votadas. Eles queriam calar a oposição”, afirmou.

Ao final, o repórter Kelves Kortês, da Rádio Cultura FM, questionou se havia possibilidade de mudança de posição política, a exemplo de outros vereadores que migraram para a base governista. Os três parlamentares foram enfáticos ao responder que não pretendem apoiar a gestão de Victor Coelho. A coletiva foi realizada na própria Câmara de Vereadores de Ouricuri.

Chapa de Zé Miguel é indeferida pela Justiça Eleitoral em Ouricuri

A candidatura de José Miguel Neto para o cargo de Prefeito em Ouricuri-PE, no Sertão do Araripe, foi indeferida pela Justiça Eleitoral devido a irregularidades na documentação apresentada. A decisão se baseia na ausência de documentos essenciais, mesmo após intimação para a correção. As irregularidades identificadas incluem uma prova de alfabetização sem assinatura e certidões criminais da Justiça Estadual de 1º e 2º graus que omitem o nome do pai.

O partido de José Miguel Neto, Partido Comunista Brasileiro (PCB) argumentou que a declaração de escolaridade possui presunção relativa de veracidade e que a certificação da alfabetização pode ser realizada com menor rigor, além de que as certidões criminais não exigem obrigatoriamente o nome do pai. Contudo, o Ministério Público Eleitoral opinou pelo indeferimento, alegando que, apesar da intimação para sanar as irregularidades no prazo estabelecido, a documentação corrigida não foi apresentada conforme as exigências legais.

Já o candidato a vice-prefeito, Reginaldo Bezerra da Silva, está inelegível devido uma sentença de condenação em 06 de agosto de 2013.

Para o deferimento do registro de candidatura, é fundamental que o candidato cumpra os requisitos constitucionais e legais de elegibilidade, além de garantir a ausência de causas de inelegibilidade. A ausência dos documentos obrigatórios, mesmo após a intimação, resultou no indeferimento do pedido de registro.

A sentença da juíza eleitoral da 82ª zona eleitoral Stephanie Kodlulovich Pinto é passível de recurso.