MPPE cobra a atualização constante de dados sobre unidades de saúde no sistema DataSUS

O Ministério Público de Pernambuco (MPPE) expediu uma recomendação ao prefeito e à Secretaria Municipal de Saúde de Ouricuri com o intuito de assegurar a atualização das informações referentes ao município no Cadastro Nacional de Estabelecimentos de Saúde (CNES/DataSUS), sistema do Ministério da Saúde.

Por meio da recomendação, o Promotor de Justiça Manoel Dias da Purificação Neto estabeleceu um prazo de 30 dias para que a gestão municipal informe no CNES os dados de todos os profissionais em exercício nas unidades de saúde localizadas em Ouricuri. A administração municipal também deverá adotar medidas para garantir a atualização periódica e sistemática das informações, com base nas regras previstas na Portaria nº 1.646/2015 do Ministério da Saúde.

“A atualização dos dados no sistema CNES/DataSUS garante transparência, controle e a adequada prestação dos serviços de saúde à população”, ressalta o Promotor de Justiça no texto da recomendação.

Além da providência geral, o MPPE solicitou que a gestão municipal apresente, em 10 dias, informações detalhadas sobre os profissionais lotados na Unidade de Saúde da Família Nossa Senhora de Fátima II, incluindo cargos, vínculos contratuais e remunerações.

Por fim, o MPPE também requisitou que os gestores públicos orientem os responsáveis pelas unidades de saúde sobre a necessidade de manter os dados atualizados no sistema CNES, sob pena de responsabilização administrativa e legal pelo descumprimento.

A Prefeitura de Ouricuri deve remeter um relatório circunstanciado das providências adotadas para dar cumprimento à recomendação ministerial em até 40 dias.
A recomendação foi publicada no Diário Oficial Eletrônico do MPPE da quarta-feira (5).

PF deve investigar instituto em Pernambuco por denúncia de manipulação de dados

O Instituto DataTrends, que pertence a Aparecida Fernanda Pereira Lira, funcionária comissionada em Jaboatão dos Guararapes (Grande Recife), está sendo denunciado à Polícia Federal (PF) pela Coligação ‘Caruaru Quer Ordem e Progresso’. No pedido de apuração, a coligação destaca que os dados da empresa divergem, e muito, da média do mercado, levantando suspeitas no momento em que os institutos não têm capacidade de fazer pesquisas e, em se tratando de uma empresa de pequeno porte, registrada no Simples, sem registro formal nos dados oficiais de faturamento no ano passado, ter divulgado recentemente, em um só dia, dez pesquisas. Segundo consulta a especialistas, isso é absolutamente impossível de ser feito.

Mas o caso vai além: o instituto já registrou, desde janeiro, mais de 210 pesquisas e, recentemente, mais de 50, o que questiona a sua capacidade de coleta de dados e, consequentemente, a credibilidade dos resultados.

Pesquisas de intenções de votos têm sido um dos grandes pontos que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a PF têm observado junto às fake news, mas, nesse caso, poderia se dizer que se trata de “fake pesquisa”. Quem vai dizer será a PF.

A realidade é que uma empresa sem experiência e sem porte publica dados que levantam dúvida. Em todo o país, a PF tem agido para punir tentativas de manipulação de dados, e isso é crime. Com a palavra, o DataTrends e a PF, que foi acionada para investigar o caso.