Datafolha: 35% dos eleitores acham que a culpa do tarifaço é de Lula e 39% acreditam que a responsabilidade é da família Bolsonaro

Quando questionados sobre quem é, entre as figuras brasileiras, o principal culpado pelo tarifaço que os Estados Unidos impuseram ao Brasil, os eleitores se dividem, de acordo com uma nova pesquisa Datafolha divulgada neste sábado. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva foi mencionado por 35% dos entrevistados.O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é citado por 35% dos entrevistados, quatro pontos a menos que a soma da família Bolsonaro — o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é mencionado por 22%, e o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) por 17%.

Somados, os índices de ambos correspondem a 39% das respostas, empatando com o petista no limite da margem de erro, de dois pontos percentuais para mais ou menos.

O levantamento também indicou que o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, é considerado o responsável pela taxação por 15% das taxas. Ações dele contra Bolsonaro têm sido citadas em manifestações do presidente americano Donald Trump e seus aliados para justificar a imposição das tarifas de 50% sobre os produtos brasileiros. O magistrado também passou a ser alvo, há duas semanas, de sanções Magnitsky, que incluem restrições como o bloqueio de contas bancárias e de ativos dolarizados.

Outros 3% dos entrevistados responderam que nenhum dos três é o culpado, enquanto 1% afirmou que todos são responsáveis e 7% não souberam responder.

Os percentuais variam, no entanto, ao serem consideradas as divisões entre eleitores de Lula e de Bolsonaro. Entre aqueles que votaram no petista em 2022, 73% atribuem a responsabilidade pelo tarifaço a Bolsonaro (38%) e Eduardo (35%), enquanto 11% afirmam que a culpa é de Lula e 5% dizem que é de Moraes.

Já entre bolsonaristas, 58% veem Lula como o motivador das novas tarifas, seguido de 25% que acreditam que as decisões de Moraes provocaram a retaliação americana. Nesse segmento, apenas 5% enxergam Eduardo como culpado e outros 4% atribuem a responsabilidade ao ex-presidente.

Lula vai à ONU defender soberania do Brasil em meio a pressão dos EUA e tarifaço de Trump

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve usar o discurso de abertura da Assembleia Geral da ONU, no próximo mês em Nova York, para defender a soberania brasileira. Tradicionalmente, o Brasil é o primeiro a falar no encontro, seguido pelos Estados Unidos. O governo ainda não detalhou o conteúdo, já que os ataques dos EUA aumentaram, incluindo críticas, sanções a autoridades brasileiras e a pressão para que o processo contra o ex-presidente Jair Bolsonaro, em prisão domiciliar e prestes a ser julgado pelo STF por tentativa de golpe, seja arquivado. Lula, no entanto, afirma não querer misturar o caso com negociações comerciais, mesmo diante da sobretaxa de 50% aplicada por Donald Trump a parte das exportações brasileiras.

Além das tensões políticas e econômicas, o Planalto considera prioritários no discurso temas globais como a conferência do clima COP30, que será realizada em novembro em Belém (PA), a guerra entre Rússia e Ucrânia e a crise humanitária na Faixa de Gaza. Interlocutores do governo destacam que Lula vem dialogando com líderes mundiais como Xi Jinping, Vladimir Putin e Narendra Modi sobre a importância do multilateralismo e a necessidade de relançar a reforma da Organização Mundial do Comércio (OMC), cujo Órgão de Apelação segue paralisado.

Na semana passada, o Brasil recorreu à OMC contra o tarifaço de Trump, argumentando que as medidas violam normas internacionais de comércio. Apesar da fragilidade do organismo, o presidente brasileiro aposta no apoio de outros países e ainda deve conversar com o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa, e líderes europeus nos próximos dias para reforçar sua posição contra a pressão norte-americana.

Lula terá três agendas no Grande Recife na próxima quinta-feira

O presidente Lula (PT) vai passar um dia todo em Pernambuco, esta semana. Na próxima quinta-feira (14), ele tem agenda na Hemobrás, em Goiana, pela manhã. Em seguida, vai a uma unidade de saúde privada anunciar parceria entre o hospital e o Governo Federal.

O nome da unidade ainda não foi divulgado, mas sabe-se que participa do programa Mais Especialistas. A ideia da gestão petista é trocar dívidas do hospital com a União por serviços. Outros hospitais também farão parte da medida.

A terceira agenda de Lula será no bairro de Brasília Teimosa, na Zona Sul do Recife, onde ele vai entregar mais de mil títulos de posse. O local é emblemático para o presidente.

Ex-deputado Antonio Fernando pede apoio de Lula para retomada de obras no Canal do Sertão

Por Magno Martins

O ex-deputado estadual Antônio Fernando elaborou um abaixo-assinado, endereçado ao presidente da República, que solicita a retomada das obras do Canal do Sertão, paralisadas desde 2003. O referido projeto foi elaborado para levar água do Rio São Francisco para o Sertão do Estado e, segundo o ex-parlamentar, geraria 123.237 empregos diretos e 374.035 indiretos, com uma receita total estimada de R$ 15 bilhões por ano e taxa de retorno de investimento de 22,55%.

No documento que justifica o abaixo-assinado, Fernando pede que Lula autorize o ministro da Integração e do Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e o presidente da Codevasf, Marcelo Moreira, que coloquem recursos necessários e agilizem as obras de construção do projeto Canal do Sertão, na sua forma original. O leitor pode clicar no link disponível para conhecer o projeto e assinar o documento: https://www.change.org/p/abaixo-assinado-ao-presidente-solicitando-a-constru%C3%A7ao-do-canal-do-sert%C3%A3o-pernambucano?utm_medium=custom_url&utm_source=share_petition&recruited_by_id=03d9a550-88b8-11ef-98aa-9199558f9c7a