PF deve investigar instituto em Pernambuco por denúncia de manipulação de dados

O Instituto DataTrends, que pertence a Aparecida Fernanda Pereira Lira, funcionária comissionada em Jaboatão dos Guararapes (Grande Recife), está sendo denunciado à Polícia Federal (PF) pela Coligação ‘Caruaru Quer Ordem e Progresso’. No pedido de apuração, a coligação destaca que os dados da empresa divergem, e muito, da média do mercado, levantando suspeitas no momento em que os institutos não têm capacidade de fazer pesquisas e, em se tratando de uma empresa de pequeno porte, registrada no Simples, sem registro formal nos dados oficiais de faturamento no ano passado, ter divulgado recentemente, em um só dia, dez pesquisas. Segundo consulta a especialistas, isso é absolutamente impossível de ser feito.

Mas o caso vai além: o instituto já registrou, desde janeiro, mais de 210 pesquisas e, recentemente, mais de 50, o que questiona a sua capacidade de coleta de dados e, consequentemente, a credibilidade dos resultados.

Pesquisas de intenções de votos têm sido um dos grandes pontos que o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e a PF têm observado junto às fake news, mas, nesse caso, poderia se dizer que se trata de “fake pesquisa”. Quem vai dizer será a PF.

A realidade é que uma empresa sem experiência e sem porte publica dados que levantam dúvida. Em todo o país, a PF tem agido para punir tentativas de manipulação de dados, e isso é crime. Com a palavra, o DataTrends e a PF, que foi acionada para investigar o caso.

Santa Filomena está em 4º lugar em Pernambuco como pior município para se viver

Foto:reprodução

Triste realidade.  Morar em um lugar com índices negativos e considerados entre os piores de se viver, mexe demais com a autoestima de sua comunidade. Uma pesquisa realizada pelo Sindicato do Grupo Ocupacional Administração Tributária do Estado de Pernambuco, Sindifisco , apontou as melhores e as piores cidades para se viver em Pernambuco.

Ocupando o quarto lugar , Santa Filomena está entre as  piores  que são Carnaubeira da Penha, em último colocado, seguido de Paranatama, Jaqueira,  Casinhas, Pedra, Ilha de Itamaracá, Inajá, São José da Coroa Grande e Jataúba. Seguindo como exemplo o município de Santa Filomena, todas as cidades com esse baixo índice apontam para uma realidade triste: a falta de políticas públicas para a comunidade.  Entre as causas que derrubam a qualidade de vida de Santa Filomena e das outras  podemos citar  alguns  fatores que as comunidades  enfrentam hoje:: a saúde é precária e ainda funciona seguindo práticas arcaicas e erradas , de forma assistencialista, a falta de condições de suporte e apoio para o pessoal da zona rural que representa 80% da população total do município, as estradas sem manutenção adequada,  falta de água no período de estiagem.

A economia frágil é outro fator determinante para a baixa qualidade de vida. A falta de oportunidades de emprego e o fechamento frequente de negócios locais contribuem para altas taxas de desemprego e pobreza. Poucas opções de lazer e entretenimento deixam os moradores sem alternativas para momentos de descontração.

São fatores que tornam a vida de seus habitantes desafiadora. E  os motivos que levam a essa classificação e as realidades enfrentadas pelos moradores são, na maioria das  vezes, situações de solução viável a partir da vontade e  da adequação de políticas públicas  da gestão municipal. (Por Roberto Gonçalves)

Pernambuco tem aumento de mortes violentas no primeiro semestre de 2024

Pernambuco tem aumento no número de mortes violentas intencionais (MVI) no primeiro semestre de 2024, apesar da redução nos últimos meses, quando comparado ao mesmo período do ano anterior. O MVI inclui crimes como homicídio doloso, latrocínio, feminicídio, lesão corporal seguida de morte, entre outros que resultam em óbito.

Segundo dados divulgados pela Secretaria de Defesa Social (SDS-PE), nos primeiros seis meses de 2024 foram registradas 1.825 mortes violentas em todo o Estado. Em 2023, no mesmo período, foram contabilizados 1.792 casos, representando um aumento de aproximadamente 1,84%.

Na capital, Recife, foram registradas 353 mortes no primeiro semestre de 2024, o que equivale a 61,93% dos 570 casos ocorridos na Região Metropolitana. No interior do Estado, o número de vítimas chegou a 902 nos primeiros seis meses do ano.

Entre os municípios mais violentos, além de Recife, destacam-se Jaboatão dos Guararapes com 172 mortes, Cabo de Santo Agostinho com 93, Petrolina com 92 e Olinda com 86. Dos 185 municípios de Pernambuco, apenas 20 não registraram mortes violentas nesse período.