Briga na Festa de Julho em Parnamirim envolve familiares do prefeito e gera revolta na população

A tradicional Festa de Julho de Parnamirim, no Sertão Central de Pernambuco, antes símbolo de fé, cultura e orgulho local, terminaram este ano com um saldo amargo de frustração e constrangimento público. O que deveria ser um momento de celebração popular se transformou em palco de uma briga generalizada envolvendo membros da alta cúpula da gestão municipal — todos com laços familiares com o prefeito Múcio Angelim.

O episódio lamentável ocorreu durante uma das últimas noites do evento, que já vinha sendo criticado pela baixa adesão do público e prejuízo dos comerciantes. Entre os envolvidos na confusão estão o Secretário de Saúde, Iago Angelim (filho do prefeito); o Secretário de Administração, Lucrécio Angelim (irmão do prefeito); o Secretário de Governo, Márcio Barros; o vereador Regi de Dudé; Estênio Angelim (sobrinho do prefeito e filho da secretária de Educação, Taíta); Guilherme (policial militar do Estado do Pará, filho de Lucrécio); e Vinícius Angelim (também sobrinho do prefeito). As imagens da briga circularam rapidamente pelas redes sociais, gerando indignação generalizada.

O fato de praticamente todos os envolvidos pertencerem ao núcleo familiar do prefeito acendeu um alerta entre os moradores, que passaram a questionar a estrutura da gestão municipal, com excesso de concentração de cargos estratégicos nas mãos de parentes, levantando dúvidas sobre o comprometimento com a ética administrativa e o interesse público.

A ausência de medidas imediatas por parte do prefeito após a confusão também vem sendo alvo de críticas. Muitos se perguntam se Múcio Angelim sabia da participação dos seus familiares ou, pior, se teria sido conivente com o ocorrido. Para a população, não basta apenas lamentar o ocorrido — é preciso que haja responsabilização.

A “mudança” prometida em campanha eleitoral dá agora lugar a um sentimento de decepção. A Festa de Julho, que deveria unir a cidade em torno de suas raízes culturais, tornou-se símbolo de desorganização, violência e favorecimento familiar — colocando em xeque não apenas o evento, mas a credibilidade da atual gestão.

Cozinha Comunitária de Ouricuri é reaberta com melhorias e alimentação gratuita para a população em situação de vulnerabilidade

A Prefeitura de Ouricuri, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, reabriu na tarde desta sexta-feira (14) a Cozinha Comunitária Gilza de Macedo Coelho Melo. O espaço, que passou por melhorias na estrutura e no atendimento, volta a funcionar garantindo refeições de qualidade para a população em situação de vulnerabilidade. A unidade opera através do programa estadual Bom Prato e conta com uma equipe de profissionais dedicadas a preparar uma alimentação nutritiva para quem mais precisa.

Durante a reabertura, a secretária de Assistência Social, Maria Aniele, destacou o impacto positivo da cozinha para a cidade. “Estamos aqui com o coração cheio de gratidão por reabrir este espaço tão importante. É uma alegria devolver essa cozinha comunitária para vocês, porque ela é de vocês. Nossa equipe cuidou de cada detalhe com muito amor e dedicação para garantir um atendimento digno e acolhedor. A gestão tem esse compromisso e estamos trabalhando para ampliar cada vez mais esse suporte à população”, afirmou.

O prefeito Victor Coelho, que recentemente anunciou a implantação de mais três unidades da cozinha comunitária em Ouricuri, trouxe outra novidade importante durante o evento: a partir de agora, nenhuma taxa será cobrada pelas refeições. “Algo inédito está acontecendo na Cozinha Comunitária. Antes, cada prato custava cinco reais, mas a grande notícia que trago é que, na nossa gestão, não haverá nenhum custo. Hoje reabrimos este espaço e já estamos trabalhando para inaugurar mais três unidades na cidade”.

A alimentação será totalmente gratuita para as famílias cadastradas pelo CRAS e CREAS. Com essa iniciativa, a Prefeitura reforça o compromisso com a segurança alimentar e o bem-estar da população, ampliando o acesso à alimentação de qualidade para aqueles que mais precisam.

Esgoto a céu aberto continua prejudicando a população na Avenida Fernando Bezerra, em Ouricuri

Há mais de um ano, a população da Avenida Fernando Bezerra, no bairro Santa Maria, em Ouricuri, enfrenta um problema persistente que afeta a qualidade de vida local: o esgoto a céu aberto. A situação, que vem incomodando moradores e comerciantes da região, continua sem uma solução efetiva por parte da gestão do prefeito Ricardo Ramos e do secretário de Infraestrutura, Edmundo Cavalcante. A falta de ação para resolver o problema tem gerado insatisfação e críticas por parte dos cidadãos.

O esgoto a céu aberto, que corre pelas ruas próximas a várias residências e estabelecimentos comerciais, não só compromete a saúde pública, como também prejudica o comércio local, causando desconforto e até mesmo repulsa por parte de quem frequenta a área. A população reclama da omissão da administração municipal, que até o momento não tomou medidas para realizar o saneamento adequado ou pelo menos minimizar os danos à comunidade.

A falta de providências por parte das autoridades locais gerou um sentimento de abandono entre a população, que vê a cidade como sendo negligenciada pela atual administração. Além do esgoto, outros problemas de infraestrutura, como ruas esburacadas e falta de iluminação, também são apontados como reflexos de uma gestão que não tem dado conta das necessidades básicas da cidade.

A insatisfação com o prefeito Ricardo Ramos e sua administração se intensificou após a derrota de seu candidato nas eleições municipais de 2024. A gestão tem sido acusada de falta de comprometimento com o bem-estar da população, sendo vista por muitos como uma gestão que não consegue atender às necessidades urgentes da cidade. A situação do esgoto na Avenida Fernando Bezerra é apenas um exemplo do abandono que, segundo a população, se alastra por várias áreas de Ouricuri.