Nova pesquisa mostra liderança de João Campos para Governo de PE e Marília Arraes ao Senado

Levantamento realizado pelo Instituto Informa, divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Blog de Jamildo, apresenta um panorama inicial do cenário político de Pernambuco para as eleições de 2026. A pesquisa ouviu 1.535 eleitores entre os dias 23 de maio e 10 de junho, por meio digital, e possui margem de erro de 3 pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

Na disputa pelo Governo do Estado, o prefeito do Recife, João Campos (PSB), aparece com 52,3% das intenções de voto. A governadora Raquel Lyra (PSD) registra 22,4%, enquanto o ex-ministro do Turismo, Gilson Machado (PL), soma 10,5%. Votos brancos e nulos representam 8,4%; 2,9% afirmaram que não votarão em nenhum dos nomes apresentados, e 3,5% não souberam ou preferiram não responder.

Para o Senado, a ex-deputada federal Marília Arraes (Solidariedade) lidera numericamente, com 21,7% das intenções de voto. Ela está tecnicamente empatada com o senador Humberto Costa (PT), que aparece com 17,5%. Em seguida, surge o ex-prefeito de Jaboatão, Anderson Ferreira (PL), com 14,1%, também em empate técnico com o petista. Na sequência, Miguel Coelho (União Brasil) tem 10,6%, e Eduardo da Fonte (PP), 8%, ambos empatados dentro da margem de erro.

Outros nomes testados, como o ministro das Comunicações Silvio Costa Filho (Republicanos), com 3,2%, e o senador Fernando Dueire (MDB), com 2,7%, aparecem com percentuais mais baixos. Como o formato da pesquisa para o Senado permitia a escolha de até dois nomes, votos brancos e nulos totalizaram 11,4%, 6,6% dos entrevistados não souberam responder e 4,1% disseram não pretender votar.

A pesquisa também investigou o potencial de voto e o nível de rejeição dos pré-candidatos. Humberto Costa apresenta o maior índice de rejeição, com 35,5% dos entrevistados afirmando que “certamente não votariam” nele. Eduardo da Fonte tem índice semelhante, com 35,2%. Por outro lado, Marília Arraes aparece como a mais conhecida entre os nomes avaliados, com apenas 9,9% dos entrevistados afirmando não conhecê-la o suficiente para opinar. Ela também lidera o índice de voto consolidado: 28,1% disseram que “certamente votariam” nela.

CCJ do Senado aprova fim da reeleição para presidente, prefeitos e governadores

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou nesta quarta-feira (21) uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que acaba com a reeleição para prefeitos, governadores e presidente da República.

Aprovado de forma simbólica, o texto propõe aumentar o tempo de mandato para todos os cargos eletivos (5 anos). Durante as discussões, o colegiado optou por reduzir os mandatos de senadores a partir de 2034, para 5 anos.

Além disso, a PEC também unifica a data das eleições municipais e gerais também em 2034.

A proposta prevê que, em uma única data, serão realizadas eleições para prefeitos, vereadores, deputados, senadores, governadores e presidente da República.

Também estabelece um intervalo único entre pleitos, que passará a ser de cinco anos e será contado simultaneamente para todos os cargos.

Atualmente, as eleições municipais ocorrem em anos diferentes das eleições gerais. Há um intervalo de dois anos entre os pleitos.

Para o relator, a mudança reduzirá gastos da Justiça Eleitoral com pleitos.

A proposta será, agora, enviada para votação no plenário principal do Senado, onde terá de reunir ao menos 49 votos favoráveis, em dois turnos, para ser aprovada.

Quando a PEC começa a valer

Depois de passar pelo plenário do Senado, para começar a valer, a PEC ainda precisará ser aprovada pela Câmara dos Deputados.

Prefeitos: poderão se candidatar à recondução pela última vez em 2028, desde que tenham sido eleitos para um primeiro mandato em 2024. De 2028 para frente, novos eleitos para prefeituras não poderão mais se candidatar à reeleição.

Governadores: poderão se candidatar à reeleição pela última vez em 2030, desde que sejam eleitos para um primeiro mandato em 2026. De 2030 para frente, novos eleitos não poderão mais ser reconduzidos.

Presidente da República: também poderá se candidatar à reeleição pela última vez em 2030, desde que seja eleito para um primeiro mandato em 2026. De 2030 para frente, novos eleitos não poderão mais ser reconduzidos.

Vereadores, deputados e senadores seguirão sem impedimentos para se candidatar à recondução.

A possibilidade de um chefe do Executivo se reeleger foi introduzida por uma emenda constitucional de 1997. À época, a mudança possibilitou que o então presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) pudesse se candidatar a um segundo mandato e ser reeleito no ano seguinte.

Vinte e três anos depois, o próprio FHC classificou a mudança como um “erro” e passou a defender publicamente que “acabar com o instituto da reeleição” era uma mudança a “ser feita”. (Do G1)