TJPE suspende efeitos dos julgamentos da Câmara Municipal de Parnamirim quanto às prestações de contas do Prefeito Nininho

O Prefeito de Parnamirim-PE e candidato à reeleição, Nininho Carvalho, apresentou um agravo com pedido de liminar para suspender os efeitos dos julgamentos das suas prestações de contas pela Câmara Municipal. A solicitação foi feita por sua assessoria jurídica após ouvir a parte contrária.

O Desembargador Josué Fonseca de Sena acatou o pedido e decidiu suspender os efeitos das decisões da Câmara Municipal sobre as contas dos exercícios de 2014 e 2016. Isso significa que qualquer discussão sobre a possível inelegibilidade de Nininho está temporariamente afastada.

Com a decisão de 2º grau do Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE), a votação das contas na Câmara Municipal está suspensa. Assim, Nininho Carvalho permanece elegível para as eleições.

A decisão garante que o processo eleitoral prossiga sem obstáculos relacionados às contas do atual prefeito, assegurando que ele possa manter sua candidatura enquanto a questão está sendo analisada judicialmente.

Escândalo em Ouricuri: Fraude na perfuração de poços artesianos revela desvios de quase R$ 10 Milhões

Prefeito Ricardo Ramos

Em um novo escândalo envolvendo a gestão pública de Ouricuri, o Tribunal de Contas do Estado (TCE) está apurando uma série de irregularidades relacionadas a despesa de quase R$ 10 milhões com a perfuração de poços artesianos entre 2019 e 2023. A investigação revela que a Prefeitura Municipal teria feito pagamentos a uma empresa contratada para a execução dos serviços, mas que, na realidade, os poços nunca foram perfurados.

Segundo o relatório da auditoria, várias famílias nas áreas rurais de Ouricuri foram informadas pela Gestão Ricardo Ramos de que receberiam poços, uma família seria inclusive beneficiada com cinco poços artesianos. No entanto, após uma visita de inspeção realizada pelo TCE, foi constatado que essas famílias não receberam nenhum poço. A situação demonstra uma discrepância significativa entre os relatórios apresentados pela prefeitura e a realidade no campo.

O Secretário de Produção Rural e Recursos Hídricos, Ideval Alves, e o Prefeito Ricardo Ramos não foram encontrados para prestar esclarecimentos durante a auditoria. Um servidor da prefeitura foi designado para acompanhar o TCE, mas não possuía a documentação necessária nem conhecimento sobre a localização dos poços, o que levantou mais suspeitas sobre a transparência da gestão.

A auditoria revelou que a gestão de Ricardo Ramos apresentou informações fraudulentas, atestando a execução e autorizando o pagamento de poços que, na verdade, nunca foram perfurados. A prefeitura pagou a empresa Opa Construções, Transporte, Locações e Serviços LTDA um total de R$ 9.941.177,92, referente a serviços não prestados.

A ausência de documentos e a falta de cooperação durante a auditoria evidenciam uma tentativa de ocultar irregularidades. As listas dos beneficiários apresentadas pela prefeitura foram identificadas como documentos falsificados, e os pagamentos feitos foram considerados ilegais por não corresponderem a serviços efetivamente realizados.

A gestão municipal, além de prejudicar o acesso da população rural de Ouricuri à água, também dificultou a ação da auditoria, sonegando documentos e impedindo a devida fiscalização dos gastos. Diante das evidências de falsidade ideológica e improbidade administrativa, o relatório sugere que o Ministério Público de Contas tome as medidas cabíveis.

A auditoria recomenda a imputação de débito no valor de R$ 9.941.177,92 à empresa Opa Construções e responsabiliza os Srs. Ideval Alves e Ricardo Ramos pela atestação e autorização de pagamentos por serviços não executados. O caso destaca a necessidade urgente de medidas corretivas e fiscalização mais rigorosa para evitar novos desvios e garantir a integridade dos recursos públicos.

Justiça anula pesquisa eleitoral na cidade de Parnamirim-PE

O MDB (Partido do Movimento Brasileiro) entrou com pedido na Justiça Eleitoral para que a empresa Naipe’s, Assessoria e Consultoria em Marketing Ltda, seja proibida de divulgar resultado de uma pesquisa realizada no município e que a legenda ver indícios de irregularidade.

Atendendo pedido da assessoria jurídica da agremiação partidária de Parnamirim, a Justiça Eleitoral concedeu uma liminar reconhecendo que a empresa Naipe’s Assessoria e Consultoria em Marketing Ltda cometeu irregularidades, determinando a suspensão imediata de qualquer divulgação da referida pesquisa realizada no município.

Esta é a quarta pesquisa consecutiva impugnada pelo grupo da situação em Parnamirim, sendo a segunda vez da mesma empresa. Agora é aguardar os novos desdobramentos da politica do município de Parnamirim.

Após 19 meses sem ação, a menos de três meses para a eleição, prefeito Ricardo anuncia pavimentação asfáltica para Ouricuri

Imagem (Arquivo) Operação PF em Ouricuri

O prefeito de Ouricuri-PE, Ricardo Ramos (PSDB), divulgou através de uma emissora de rádio nesta terças-feira (09) que vai iniciar em Ouricuri pavimentação asfaltica em todos os bairros de Ouricuri, durante a sua fala ele chegou a dizer que o gigante acordou.

Ouricuri estava sem receber ações da prefeitura desde dezembro de 2022, quando a PF (Policia Federal) realizou operações no município por suspeita de crimes como peculato, fraude em licitações, corrupção passiva e consequente lavagem de dinheiro, em contratos firmados pela prefeitura de Ouricuri com empresas prestadoras de serviços sediadas nos Estados do Pernambuco e Ceará.

Naquela data, 02 de  dezembro de 2022, em Ouricuri, foram cumpridos 25 mandados de busca e apreensão e um mandado de prisão preventiva. Em Juazeiro do Norte, no Ceará, foram nove mandados de busca e apreensão e dois de prisão preventiva. Já em Fortaleza, a polícia cumpriu um mandado de busca e apreensão, além das medidas cautelares de indisponibilidade de bens e afastamento de cargos de servidores públicos investigados.

Bolsonaro desviou R$ 25 milhões em joias e presentes, diz PF

A Polícia Federal afirmou, em relatório que fundamentou o indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso da negociação de joias, que houve desvio de itens cujo valor de mercado chegam a R$ 25 milhões.

De acordo com a PF, os elementos de provas da investigação apontam que houve “uma associação criminosa voltada para a prática de desvio de presentes de alto valor recebidos em razão do cargo pelo ex-presidente da República Jair Bolsonaro e/ou por comitivas do governo brasileiro, que estavam atuando em seu nome, em viagens internacionais”.

Esses presentes eram entregues por autoridades estrangeiras e, depois, vendidos no exterior. Segundo a polícia, os valores dessas vendas foram convertidos em dinheiro em espécie e ingressaram no patrimônio pessoal do ex-presidente, sem utilizar o sistema bancário formal, “com o objetivo de ocultar a origem, localização e propriedade dos valores”.

Na última semana, Bolsonaro e mais 11 pessoas foram indiciadas na investigação sobre a venda de joias recebidas de presente pelo governo brasileiro.

De acordo com a polícia, as investigações trouxeram indícios de que “os proventos obtidos por meio da venda ilícita das joias desviadas do acervo público brasileiro” retornaram para o patrimônio de Bolsonaro e de sua família, por meio de lavagem de dinheiro, enquanto ele estava nos Estados Unidos, depois de ser derrotado nas eleições presidenciais para Lula (PT).

“A utilização de dinheiro em espécie para pagamento de despesas cotidianas é uma das formas mais usuais para reintegrar o ‘dinheiro sujo’ à economia formal, com aparência lícita”, disse a PF. (Folhapress)